E-mail
projetoconcreto@gmail.com
Endereço
Av 12 de novembro 5044, 159 - CaraveLas
Horário
Com hora marcada agendamento
Sobre
A bab bienal
Atuamos propondo modos alternativos de vivência criativa em meio a natureza. Um programa de residência artística que planeja e facilita o desenvolvimento de projetos in situ. Um espaço de celebração e convivência coletivo que promove oficinas de criação através do projeto babLAB divulgando suas atividades e resultados por meio dos canais virtuais da babEl artmag, atualmente o espaço dispõe de quatro suítes dupla que pode abrigar até 8 artistas ao mesmo tempo em residência para pesquisa na cidade. Ao final da residência o espaço promove uma mostra coletiva em galerias exclusivas uma de 80 m2 e um
Contêiner de 3x3m que serve como espaço de profunde vidro artes e instalações.
babGALERIE e babMÓVEL.
Projeto iniciado em 2007, num galpão desativado na Orla Bardot, a Bienal Anual de Búzios ou bab cresceu e foi ganhando cada vez mais espaço e relevância na cena cultural do balneário. Sua primeira edição ocupou o centro de Búzios e, ao longo dos anos, foi se expandindo para as ruas, lojas e praças da cidade com produção in site de artistas de destaque na arte contemporânea brasileira, como Alexandre Vogler, Anna Bella Geiger, Artur Barrio, Brígida Baltar, Rogério Reis, Felipe Barbosa, Laura Lima, entre outros importantes nomes.
A Bienal Anual de Búzios (bab) é um espaço de experimentação artística que visa integrar artistas, moradores e visitantes em uma imersão sensorial na cidade através da arte contemporânea, fomentando assim o turismo cultural de experiência. O meio ambiente é tema da 16a. edição da bab bienal, que inaugura em julho desse ano com ações artísticas propostas para as areias e águas da Praia Rasa, em Búzios.
Pensamento e ação
Como num filme calidoscópico, imagens e ações e sons se alternam vertiginosamente na memória. Sensações emblemáticas e instigantes que continuam vivas. Sejam performances, intervenções na paisagem e na arquitetura, objetos, esculturas, street art, happenings, pirotecnias, vídeos e demais e quaisquer manifestações no infinito leque da arte contemporânea convivendo com Búzios e sua heterogênea e flutuante gente. Nativos que, muitas vezes, formam o público mais impactado pelas obras e pelos artistas -, frequentadores habituais do balneário, turistas eventuais, estudantes, aposentados, desocupados, artistas
No período documentado por essa revista que cobre da estreia, em 2007, à edição de 2011 -, a Bienal Anual de Búzios não só respondeu, conceitual e ideologicamente, ao proclamado vazio que pautou a polêmica (e
esvaziada) 28º Bienal de São Paulo, como praticou seu discurso através das múltiplas formas de expressão utilizadas pelo diversificado elenco agregado pelo curador (e também artista plástico) Armando Mattos. Uma lista em torno de 70 nomes que alterna consagrados, emergentes, novos, revelações, brasileiros, estrangeiros, individuais e coletivos, incluindo, entre outros, Anna Bella Geiger, Adriano de Aquino, Artur Barrio, Rogério Reis, Ivald Granato, Marcos Bonisson, Gilvan Nunes, Brigida Baltar, Enrica Bernadelli, Ernesto Neto, Mauricio Ruiz, Paulo Roberto Leal, Katerina Dimitrova, Bernardo Ramalho, Celina Portella, Franklin Cassaro, Laura Lima, Opavivará, Alê Souto, Antonio Bokel, Filé de Peixe, Ronald Duarte, Claudia Herzs, Cristian Silva-Avária, Siri, Lin Lima
Mas a ideia aqui não é comentar as obras e os artistas apresentados em ordem cronológica nesse catálogo-documentário. Afinal, independentemente do interesse maior ou menor de cada trabalho, de seus conceitos e valores intrínsecos, o principal trunfo de cada edição está no que a bab consegue provocar, desencadear. Poderes transformadores e questionadores.
Influindo nisso há também o elemento surpresa, tanto para os artistas, expostos fora de seus ateliês-galerias-instituições, quanto para o público, parte dele involuntário, alguma parte virgem de arte, seja contemporânea ou clássica. Dessa forma, sem a imposição, a autoridade da instituição escolar (mas, num segundo e importante momento, também aliado à ela no que tem de mais vital) a bab tem um forte componente educativo, abrindo cabeças e horizontes, no caminho de uma cidadania plena.
É o que se viu nesses cinco anos pautados pela informalidade e pelo acaso, inventando formatos e soluções a cada versão. Arte que se descobre no fazer e também se revela a novos olhares e sensações.
De volta ao turbilhão do filme-calidoscópio-memorialista, é possível resumir algo dessa conversa numa de suas sequências. Fim de noite, início de madrugada, uma performance jam ocupa uma tenda instalada numa praça central de Búzios. Sons, improvisos, luzes, sombras, sensações compartilhados por todos, do coletivo de artistas em ação ao respeitável e desconhecido público.
Antônio Carlos Miguel